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Jorge Luis Borges: Sete noites

Autor

Jorge luis Borges

Editora

Max Limonad

Tradução

João Silvério Trevisan

Humilhações, mágoas e infortúnios: circunstâncias miseráveis que a vida nos dá para serem transformados em arte

“ ... O escritor vive como escritor. A tarefa de ser poeta não se realiza num horário fixo: ninguém é poeta das oito ao meio-dia das duas às seis. O poeta é poeta sempre e se vê continuamente assaltado pela poesia. Imagino que isso aconteça também com o pintor, que se sente assediado pelas cores e formas; ou com o músico; que se sente envolvido pelo estranho mundo dos sons (o mais estranho mundo das artes) e assediado por melodias, por dissonâncias. Para a tarefa do artista, a cegueira não é totalmente negativa, já que pode ser um instrumento. Aliás, Frei Luis de León dedicou uma de suas odes mais belas a Francisco Salinas, que foi um músico cego.

Não apenas o escritor mas todo homem deve se lembrar de que os fatos da vida são um instrumento. Todas as coisas que lhe são dadas têm um sentido, ainda mais no caso do artista; tudo o que lhe acontece – inclusive humilhações, mágoas e infortúnios – funciona como argila, como material que deve ser aproveitado para sua arte. Lembrei disso num poema, onde falo do antigo alimento dos heróis: a humilhação, a infelicidade, a contradição. Essas coisas nos foram dadas para serem transformadas: fazer com que as circunstâncias miseráveis de nossa vida se tornam coisas eternas ou em vias de eternidade.”

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Jorge luis Borges

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