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Zero K

Autor

Don DeLillo

Editora

Companhia das Letras

Tradução

Paulo Henriques Britto

Sobre o que os poetas escreverão? E muitas outras dúvidas quando a vida não tiver mais fim

“ ... Estamos na primeira fração de segundo do primeiro ano cósmico. Estamos nos tornando cidadãos do universo."

“Temos dúvidas, é claro.”

“Quando tivermos conquistado a extensão da vida e nos aproximado da possibilidade de nos tornarmos eternamente renováveis, o que será das nossas energias, nossas aspirações?"

“As instituições sociais que construímos.”

“Estaremos projetando uma cultura futura de letargia e autocomplacência?"

“Será que a morte é uma coisa boa? Não é ela que define o valor das nossas vidas, minuto a minuto, ano a ano?”

"Muitas outras dúvidas."

"Não bastará viver um pouco mais com a ajuda da tecnologia avançada? Será necessário avançar ainda mais e mais?”

"Por que subverter a ciência inovadora com excessos humanos indisciplinados?"

"A imortalidade propriamente dita terá o efeito de reduzir ao nada nossas formas de arte e maravilhas culturais duradouras?”

"Sobre o que os poetas vão escrever?"

“O que vai acontecer com a história? O que vai acontecer com o dinheiro? O que vai acontecer com Deus?"

"Muitas outras dúvidas."

“Não estaremos abrindo caminho para níveis insustentáveis de população, estresse ambiental?"

"Excesso de seres vivos, escassez de espaço.”

“Não vamos nos transformar num planeta de velhos corcundas, dezenas de bilhões de bocas desdentadas?"

“E os que morrerem? Os outros. Sempre vai haver outros. Por que uns podem continuar vivendo enquanto os outros morrem?”

"Metade do mundo está reformando a cozinha, a outra metade passa fome."

"Será que queremos mesmo acreditar que todos os males que afetam o corpo e a mente serão curáveis no contexto da nossa longevidade ilimitada?"

"Muitas outras dúvidas."

"O elemento definidor da vida é o fato de que ela tem fim.”

"A natureza quer nos matar para voltar à sua condição original intacta."

"Qual o sentido da vida se ela se torna ilimitada?"

”Qual a verdade final que vamos ter que enfrentar?"

"Não é a consciência de que um dia vamos morrer que nos torna preciosos para as pessoas que convivem conosco?"

"Muitas outras dúvidas."

"O que significa morrer?"

"Onde estão os mortos?"

"Quando é que você deixa de ser quem você é?”

"Muitas outras dúvidas."

"O que vai acontecer com a guerra?”

"Este empreendimento terá como consequência o fim da guerra ou um novo nível de conflito generalizado?”

"Se a morte individual não for mais inevitável, o que vai acontecer com a ameaça constante da destruição nuclear?"

"Será que todos os limites tradicionais vão começar a desaparecer?”

"Será que os mísseis vão se autoacionar com comandos de voz?”

"Será que a tecnologia tem um desejo de morte?"

"Muitas outras dúvidas."

"Mas nos rejeitamos essas dúvidas. Elas não captam o objetivo do nosso empreendimento. Queremos estender as fronteiras do que significa ser humano – estendê-las e depois ultrapassá-las. Queremos fazer tudo que pudermos fazer a fim de alterar o pensamento humano e desviar as energias da civilização."”

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